terça-feira, 12 de março de 2013

Tornados de março

O ingresso mais frequente de massas de ar frio com a transição para o outono tem favorecido a ocorrências de tempestades no Conesul, com um aumento no registro de atividade tornádica.
Neste último final de semana o deslocamento de um sistema frontal induziu a formação de tempestades fortes sobre a província argentina de Buenos Aires. Na cidade de Arrecife um tornado tocou o solo destruindo casas e partindo árvores ao meio.


Em San Miguel del Monte na mesma província argentina, também ocorreu um tornado, mesmo com a condensação não chegando ao solo as imagens mostram o levantamento de poeira, confirmando o tornado. Caso não houvesse efeitos no solo, o fenômeno seria apenas uma nuvem-funil.

 


Estas ocorrências não foram as únicas, no começo do mês um tornado atingiu Villa Lugano, na grande Buenos Aires. No dia 02 uma intensa frente fria se deslocava sobre o centro do país enquanto o ingresso de ar quente mais ao norte favorecia  a ocorrência de tempestades isoladas e pré-frontais. Conforme meteorologistas locais a tempestade que provocou o tornado era uma célula pré-frontal e o tornado um F0 a um F1 fraco.


A cobertura de um supermercado foi arrancada e arremessada contra prédios residencias vizinhos com tamanha força que uma barra de ferro penetrou em uma parede e foi parar dentro um dos apartamentos. As câmeras de vigilância instaladas no local registram o momento em que a cobertura do supermercado é arremessada com a passagem do tornado.



Além destes reportes na Argentina, dois tornados foram registrados sobre o Brasil. A primeira ocorrência do mês em território brasileiro se deu em 3 de março, no interior da cidade paulista de Limeira. Um galpão foi destelhado numa propriedade rural foi o único registro de danos pelo tornado. A segunda ocorrência se deu sobre o estado do Paraná, no último final de semana , conforme danos e relatos de moradores.

Tornado em Limeira-SP

Fonte : SMN, RPC TV, TN, Arrecife Digital, Foro Gustfront

sexta-feira, 1 de março de 2013

Tempo Severo deve afetar o Conesul

A atmosfera volta a se deteriorar sobre o Conesul a partir de hoje, com a instabilização devido a um centro de baixa pressão sobre a Argentina, que já tem tempestades localmente intensas, áreas rosas e brancas abaixo na imagem de radar da província de Buenos Aires.



Este centro de baixa pressão vai se aprofundar sobre a costa da província de Buenos Aires nas próximas horas, se convertendo em um ciclone que impulsiona uma frente fria para o norte. A frente deve levar chuva intensas, de até 100mm conforme a NOAA, e tempo severo para as áreas centrais do país vizinho entre a noite de hoje e madrugada de sábado. Conforme a meteorologia argentina existe a chance de queda de granizo e tempestades localmente intensas sobre a região, o que fez o órgão emitir alertas.

O modelo GFS indica ainda potencial para tornados sobre a Argentina para a noite e madrugada (abaixo modelo rodado pelo Wx Brasil), no entanto as áreas mais favoráveis pelo modelo são Córdoba, Entre Rios e Santa Fé que teriam o avanço de tempestades no horário projetado.


O centro de baixa pressão se aprofunda de forma rápida, uma bomba meteorológica, conforme se cita em meteorologia quando um centro de baixa apresenta uma grande queda de pressão em pouco tempo. Carta sinótica de hoje indica este sistema com pressão em 1000hPa, sendo que os modelo ETA do Cptec (abaixo) coloca o ciclone se formando com pressão atmosférica de 988hPa na próxima madrugada. Esta queda de pressão deve favorecer o vento na costa argentina e a agitação marítima na região litorânea do país vizinho, segundo as projeções atuais dos modelos, o vento poderia chegar exceder os 100km/h na área de Mar del Plata.


O ciclone no entanto não oferece risco ao sul do Brasil, porém a frente fria associada a ele avança amanhã pelo final da tarde sobre o Rio Grande do Sul, com potencial para trazer temporais isolados e localmente intensos . Os acumulados previstos não são elevados, porém a chance de chuva forte na região da Campanha e Fronteira é grande, devido a possibilidade de formação de um sistema convectivo de mesoescala.

Fonte : NOAA, Inmet, SMN, Cptec/Inpe, Wx Brasil